O Plano Real e a República Rentista

Autores

  • Matheus Bittencourt de Brito Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Resumo

A exposição que segue demonstra um dos problemas estruturais sobre os quais a economia brasileira se estabeleceu a partir da execução do último grande plano de estabilização, a saber, o Plano Real. A partir daí, ver-se-á que o modelo de estabilização referido nunca trouxe o prometido desenvolvimento sustentável, a despeito da sua eficácia no combate à inflação. Assim, o Plano Real só pode ser entendido em sua concretude por meio da consciência e análise crítica da realidade brasileira, isto é, pela noção de que o Brasil é um país dependente e subdesenvolvido. Desse modo, o Plano Real pode ser caracterizado com um pacto de classes no qual o setor financeiro tem o papel hegemônico. É por meio desta hegemonia que originar-se-á o caráter rentista da economia brasileira – ou seja, a República Rentista-, sobre o qual inicia-se o processo de superendividamento estatal e concentração financeira.

Biografia do Autor

Matheus Bittencourt de Brito, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Economista pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestrando em economia, com concentração em economia do desenvolvimento, no Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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Publicado

2019-11-14

Como Citar

DE BRITO, M. B. O Plano Real e a República Rentista. Publicatio UEPG: Ciências Sociais Aplicadas, [S. l.], v. 27, n. 3, p. 321–338, 2019. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/sociais/article/view/14261. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Economia & Desenvolvimento